quinta-feira, 20 de maio de 2010

O polichinelo dos milhões


De uns 7, 8 anos pra cá, tenho ouvido falar bastante de empresas que reduzem custos de saúde com exercícios físicos. De uma forma geral, os custos com médicos são reduzidos quando o empregado pratica alguma atividade física. Na GM mesmo, em uma população amostral de 23.500 empregados, com a adesão dos mais sedentários a programas de exercícios, foram economizados R$ 2,4 milhões por ano, ou aproximadamente 1,5% dos custos com os planos médicos! É muita coisa!
Esse ano tive a oportunidade de conhecer a Santa Helena, a empresa da Paçoquita e do Mendorato. Todas as manhãs, os funcionários (desde a alta hierarquia até o chão de fábrica) se reúnem na praça da empresa e dá-lhe "polichinelo"! Se esse hábito causa algum benefício físico relevante, é difícil saber. Mas que todos começavam o dia mais animados e felizes, isso eu posso garantir.
Por isso mesmo, muitos consideram a ginástica na empresa não só como uma forma de transformar empregados em pessoas menos sedentárias, mas como uma forma de amenizar o estresse do dia-a-dia empresarial.

Em fevereiro desse ano, saiu uma reportagem sobre a determinação de uma juíza, que decidiu que a Brasil Foods tivesse ginástica laboral para evitar que uma legião de trabalhadores recorresse à Justiça por lesões provocadas no ambiente de trabalho. Em caso de descumprimento, a multa diária seria de R$ 10 mil! 

A empresa, formada com a fusão da Perdigão com a Sadia, foi acusada pelo Ministério Público do trabalho de não observar rigorosamente as normas de saúde e segurança do trabalho. Dado colhido durante o processo aponta a existência de mais de mil ações judiciais de ex-trabalhadores, a maioria com pedidos de indenizações, por acidente de trabalho ocorrido na fábrica. Ainda foi constatado que, em maio de 2008, 20% de seu contingente de trabalhadores estavam afastados por doenças ocupacionais.
 


Para quem se interessa pelo tema, existe aqui um acervo muito grande das últimas reportagens lançadas na mídia relacionadas à ginástica laboral. 




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