quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Percepção de valor do dinheiro por uma criança (OU por um ministro grego).


Quando criança (lá pelos menos 7 anos), quando ainda morava em Bebedouro, meus pais as vezes traziam eu e minha irmã para passear aos domingos aqui em Ribeirão Preto. No Ribeirão Shopping havia um parque de brinquedos semi-eletrônicos (substituídos depois por esses eletrônicos modernos) chamado "Divertilândia".

Um dos preferidos de mim e da minha irmã era um que era uma mesa com alguns buracos, e algumas "baratas" saiam de dentro desse buraco, e você tinha que acertá-las com a mão (ou sei lá qual artefato a pessoa quisesse usar).

Quanto mais você acertava as baratas com a mão, mais bilhetes saiam na lateral do brinquedo, que depois poderiam ser trocados por brindes na loja da Divertilândia. O Mesmo valia para o brinquedo em que surgiam alvos e você tinha que acertá-los com uma pistola de água.


Para usar cada brinquedo, se pagava na época algo em torno de 2 reais. A Quantidade de bilhetes emitidos após jogar uma vez, com uma boa perfomance, era o suficiente para trocar por um lápis. Se você jogasse duas vezes, poderia até pegar uma caneta.

Imagino o que meus pais pensavam quando eu ia lá, com todo orgulho, trocar os bilhetes que havia ganhado após jogar 2 vezes (4 reais gastos) por uma caneta que valia 50 centavos...

Mas claro, como eram meus pais que pagavam pra eu jogar no brinquedo, eu não percebia que aquilo era um péssimo negócio (eles nem eram tão divertidos, e davam um cansaço enorme, a gente só jogava mesmo porque achava que "ganhava" algo).

Afinal, quando não é você que paga a conta, qualquer coisa que vier para você é lucro, certo? Você pode agir com a responsabilidade de uma criança se vai ter alguém pra te bancar!!!


Essa historinha acima, à mon avis, serve muito bem para todos aqueles que acham lindo quando Alemanha, França e afins concedem generosos pacotes de ajuda para a galerinha que tá no Serasa (Grécia, Portugal, etc).


Se eles estão na situação que estão, é porque não tiveram muita responsabilidade com o PRÓPRIO dinheiro. Como podem esperar que vão ser ainda mais responsáveis com o dinheiro dos outros?

Certo estão os contribuintes alemães que reclamam dos consecutivos pacotes de dinheiro público (deles) desperdiçados em compras de títulos do governo grego só para ajudar os helênicos.



2 comentários:

Arthur Moraes disse...

Na Hungria o governo estipulou que o seguro desemprego será pago por 9 meses para quem quiser, desde que, em troca, o beneficiário faça trabalhos comunitários como cuidar de praças, pintar escolas etc.

Enquanto isso na ensolarada Grécia... o povo toma sol!

Agora me diga, você que é dessa riquíssima região. Dinheiro aí cai do céu ou vem do árduo trabalho da terra?

Para milhões de brasileiros o dinheiro cai do céu, pelo bolsa família. Qual será o desfecho disso daqui uns 30 anos? Estaremos mais parecidos com a Alemanhã ou com a Grécia?

Abraços

Marcelo Novaes de Oliveira disse...

É só juntar o que a Alemanha gastou pra fazer a copa, somar o que a Grécia gastou para fazer as olimpíadas, multiplicar pelo fator Brasil, e a resposta vem rapidinho.