Nenhum americano acharia razoável que o Obama tentasse trocar o presidente da IBM.
Nenhum alemão conseguiria imaginar a Angela Merkel tentando mudar a presidência da Bayer.
Ou os franceses jamais cogitariam a hipótese do Sarkozy intervir diretamente no Carrefour.
Sabe por quê? Porque essas empresas são privadas!
Como tentei ilustrar na comparação acima (adaptada da feita por um conhecido meu), na tentativa de Dilma trocar a presidência da Vale, não está somente a tentativa totalmente ilógica de tirar um brilhante executivo que é um dos maiores responsáveis pelo crescimento de uma das maiores mineradoras do mundo. Ou então a idiotice de tentar retirar alguém sendo que NO MUNDO existem poucos executivos (um dos únicos Brasileiros que lembro agora que talvez estão no nivel do Roger Agnelli é o Carlos Ghosn, que está muito bem empregado na presidência mundial Renault).
Nesse absurdo todo reside algo muito pior: NO DESRESPEITO DO GOVERNO pela propriedade!!!
Milhões de Brasileiros tem ações da Vale do Rio Doce. Será que eles, que também são donos da empresa, terão que tolerar que Dilma tente destruir o valor de seu patrimônio (ações da empresa) igual fez com a Petrobrás, que teve o valor de suas ações dizimadas pelos desmandos do governo?
Em uma rara situação, senti orgulho dos Brasileiros (pelo menos daqueles que tem twitter) que conseguiram fazer a tag #ficaagnelli ficar entre as mais comentadas do site na última sexta-feira.
Quem sabe a dona presidente olhe isso e veja que existe SIM muita gente que sabe que nessa empresa, o governo não deve mexer. Porque não tem LÓGICA tentar trocar um grande executivo por mais um dos aliados do Governo, usando de CABIDE DE EMPREGO um cargo responsável pelo patrimônio de CENTENAS DE MILHARES DE BRASILEIROS.
Todo meu apoio à iniciativa #ficaagnelli
9 comentários:
O que representa a Vale para o Brasil e o que representam as empresas que você citou para os respectivos países? A única coisa em que se assemelham é que são ícones. A Vale é estratégica para o Brasil e pode ajudar o país a se desenvolver muito, embora isso signifique lucro um pouco menor para esta empresa privada.
O comentário acima ilustra a lógica dos imbecis que defendem que a Vale seja usada como instrumento para fabricar um "crescimento", seja qual for o resultado para a empresa.
Tirando isso, o único interesse da quadrilha que está no poder são os ínúmeros contratos com empresas terceirizadas dos amigos da quadrilha do partidão que irão se beneficiar através das mais diversas negociatas e dos tradicionais 10-20%, dos empregos para os amiguinhos dos quadrilheiros e por aí vai...
Bando de bandidos. Quadrilha. E uma corja de imbecis com o pensamento igual ao do infeliz acima.
Gostaria de em primeiro lugar dizer que nao sou a favor de intervencoes do poder publico, de maneira ilegal, em empresas privadas. Posto isso, existe uma diferenca entre Vale e IBM. Na primeira, o governo possui acoes e cadeira no conselho, portanto pode, desde que de acordo com a lei, exercer influencia. Ja na IBM, 100% publica, a influencia governamental so pode ser feita via lobby no congresso americano (nao podemos ser ingenuos e achar que isso nao ocorre nos Estados Unidos).
Ja que o dono do blog é aluno da FEARP, seria interessante, na minha opiniao, fazer uma comparacao mais adequada, como, por exemplo, comparar a (suposta) acao do governo brasileiro na Vale com (supostas) acoes de governos europeus em empresas onde possuem participacao, como a Airbus. Coloco suposta entre parentesis pois todas noticias sobre a Vale que li ate o momento vem de fontes nao muito imparciais como Miriam Leitao ou Ricardo Noblat, funcionarios das organizacoes globo, que tem seus próprios interesses, como qualquer grupo empresarial.
Um abraco e espero poder manter uma discussao de bom nivel
Inicialmente quero parabenizar os organizadores do blog. É sempre boa a iniciativa de se discutir economia e finanças. O Brasil precisa de mais gente consciente com o próprio bolso.
Com relação ao post, achei infeliz a comparação, tendo em vista que os CONTROLADORES da Vale são o BNDES e os Fundos de Pensão dos Funcionários Públicos. É perfeitamente legítimo que os acionistas majoritários troquem o comando da empresa. Não há nada mais privado do que o próprio dono mandar no seu negócio.
O governo ainda foi "bonzinho", pois fez um acordo com o Bradesco de só mexer no comando da empresa, se 75% dos acionistas concordarem. Ou seja, o governo sozinho, que detém cerca de 61% do capital, nem pode mandar e desmandar na Vale se o Bradesco não deixar... (Fonte Jornal o Globo de 26/03/2011)
Em referência aos demais acionistas, duas coisas devem ser consideradas:
1 - Ninguém é obrigado a ter ações da Vale. Quem achar que ela não é um bom investimento, basta trocar de papel.
2 - As proteções aos acionistas minotritários de qualquer empresa estão delineadas na Lei 6.404/76 e não conferem a estes o poder de vetar uma eleição de administrador da sociedade.
Concluindo: por mais que haja um descontentamento dos "liberais". É preciso registrar que o governo está fazendo algo que lhe é inerente, enquanto controlador da Vale, está administrando a empresa.
Um abraço.
André S.J, você está equivocado.. O Governo não detém 61% de participação na Vale. Aliás, mesmo se somar a parcela do Bradesco (que não é do governo) ainda assim não se chega a 61% de participação, e sim à 58,9%. O Governo mesmo não chega a uma participação de 40% nas ON e Não chega a 25% no Capital Total.
Logo, sua afirmação não faz sentido.
Parabéns pelo post pessoal!
Grande Abraço!
Henrique
Oi espectacular assunto , gostei bastante, talvez poderiamos fcar blog palls :) lol!
Aparte de piadas chamo-me Sam, e assim como tu escrevo blogues embora o fofo da minha página é muito distinto deste....
Eu escrevo blogs de poker sobre bónus grátis sem arriscares do teu bolso......
Adorei imenso o que vi escrito!
"tendo em vista que os CONTROLADORES da Vale são o BNDES e os Fundos de Pensão dos Funcionários Públicos"
Os fundos de pensão dos funcionários públicos deveriam se preocupar em maximizar os ganhos para os beneficiários dos seus fundos. Esses beneficiários são os reais donos das cotas da Vale que pertencem aos fundos de pensão, e o interesse deles é em sua futura aposentadoria.
Ainda que seja de posse pública, o papel público do fundo de pensão é zelar pelo capital dos seus beneficiários. No Brasil quando um funcionário público usa seu cargo para satisfazer interesses políticos ao invés de cumprir o seu ofício, incorre no crime de prevaricação.
Quando um fundo de pensão usa seu poder de decisão sobre as empresas que possui para interesses políticos ao invés de buscar o maior ganho possível para seus beneficiários, o Ministério Público deveria realizar uma investigação.
Grote post. Kan niet wachten om de volgende die te lezen:)
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