sábado, 12 de junho de 2010

Ficha Limpa: seria a voz da classe média?

Essa semana o TSE decidiu que a Ficha Limpa valerá para as eleições 2010. 
“Foi uma decisão histórica que cumpre a vontade não apenas do Congresso Nacional, mas da cidadania que se expressou através de seus representantes. É uma lei muito importante que elimina do cenário político nacional aqueles que tenham maus antecedentes”, avaliou o ministro Ricardo Lewandowski.
Mas o "melhor" ainda está por vir: "resta dúvida sobre validade para quem foi condenado antes de vigorar". Dúvida? Como assim? Quem pintou e bordou até hoje, por anos, está livre se não voltar a cometer crimes? De acordo com o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), a Lei da Ficha Limpa deve atingir fatos já ocorridos. Não se trata de uma pena aplicada retrotivamente, mas de um critério que vigora e já deve ser observado.
O que o projeto Ficha Limpa trouxe à tona, acima de qualquer mudança política, foi a voz de uma classe que cresce exponencialmente no país e que possui voz com o advento e a potencialização das redes sociais: os internautas, formados em sua maioria pela classe média.
Para quem quiser saber mais sobre a Campanha Ficha Limpa, pode baixar aqui os fundamentos e constitucionalidade do projeto de Lei. Com a ajuda da internet, o MCCE colheu mais de 6,6 milhões de assinaturas a favor da Lei.
Será que Giannotti*, que afirmou que a forma de sociabilidade da classe média se dá num shopping center, esperava por isso?
*Filósofo, professor emérito e aposentado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, é considerado, desde os anos 50, um dos mais importantes intelectuais do país.






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