sábado, 15 de setembro de 2012

O Extremismo Muçulmano e sua política do medo

   Variando um pouco o tema das minhas postagens no blog, eu não consigo me segurar para postar sobre um dos temas preponderantes nesta semana, que foram os protestos generalizados no mundo árabe motivados em sua grande parte por um vídeo feito por um cineasta americano que utiliza o pseudônimo de Sam Bacile. O Vídeo, intitulado "A Inocência dos muçulmanos", tem cerca de 14 minutos e faz uma sátira um tanto desrespeitosa à Maomé.

 Ou seja: Ok, desrespeitaram o profeta máximo da religião islâmica e isso sem dúvidas é lamentável, e o mesmo vale se fosse para outras religiões. Porém o que se sucedeu no mundo após à divulgação deste vídeo no Youtube não encontra justificativa nenhuma dentro da razão humana. É algo completamente inconcebível. Em quatro dias de protestos (contanto até hoje), já morreram sete pessoas em quatro países diferentes. Entre outros, foram assassinados diplomatas na Líbia, inclusive o embaixador americano. A Embaixada da Alemanha (O que os alemães tem a ver com tudo isso??) no Sudão foi invadida e parcialmente destruída. E essa escalada de violência ainda não dá sinais de diminuir.

  Já não é a primeira vez que algo do tipo acontece. Em 2005, após alguns desenhos de Maomé terem sido divulgados por um jornal dinamarquês (e dessa vez o desrespeito não foi tão latente, porém pela lei islâmica é proibido retratar o profeta de qualquer forma, mesmo em desenhos), uma série de protestos explodiram no mundo árabe, resultando em ataques às embaixadas da Dinamarca, Noruega e Áustria em países como o Irã. Um padre católico italiano, morador na Turquia, foi assassinado também por este motivo, sendo que, tal qual o embaixador americano, ele não participou de nada que causou a polêmica.

 Temos, em ambos os casos, vários fatores em comum. Países que proporcionam uma boa liberdade de expressão aos seus cidadãos (como os países desenvolvidos ocidentais) sendo punidos por permitirem esta liberdade. Os que os punem, os extremistas islâmicos, também adotaram posturas bastante semelhante tanto em 2005 como em 2012.  Ataque à embaixadas de vários países, ameaças de morte, incêndios, e assassinatos de pessoas que não tinham ligação ALGUMA com os ocorridos, somente porque elas tinham nascido em determinados países.

   Até quando essa política agressiva e intimidadora de alguns grupos islâmicos (não todos, obviamente) irá continuar afetando a liberdade e impondo o medo à cidadãos que vivem do outro lado do mundo?

Um comentário:

INTERCEPTOR disse...

Levi,

Se simplesmente não fizermos mais nenhuma referência ao Islã e seu modo de vida, como se eles não existissem mais, pode ter certeza que inventariam algum motivo, qualquer coisa para demonstrarem seu descontentamento. O choque de civilizações alardeado por alguns intelectuais não vai acontecer porque, na verdade, JÁ ocorreu e o Islã foi DERROTADO em sua influência e expansão global. Então, das duas, uma: ou tentamos nos isolar cada vez mais (que é o que precisamente eles querem) ou mantemos o curso e, com peões sacrificados neste jogo de xadrez planetário travamos esta guerra cultural. E te digo, quando mais mundano se tornar a frequência de tais "insultos" há sim uma possibilidade dos ataques arrefecerem. Não porque eles venham a se acostumar, mas porque o padrão comportamental dos ameaçados (nós) venha a mudar se tornando mais e mais preventivo. Como se vamos desconsiderá-los? Não se trata disto, mas provocá-los é o verbo atraindo-os para uma cilada onde com aliados locais (quando possível), dezenas sejam retidos e seus insufladores presos. Acompanhando este processo repressivo, um outro, preventivo, de influência e domínio cultural tem que haver. E creia-me, todo homem tem seu preço. Com música e dinheiro, eles se venderão.