A seção da ONU responsável pelas
políticas do orgão com programas de urbanismo e habitação (UN – Habitat) produz
um relatório chamado State of the World`s
Cities, que pode ser encontrado neste link e tem várias informações
interessantes para quem gosta do assunto: http://www.unhabitat.org/pmss/listItemDetails.aspx?publicationID=3387
Deste
relatório é possível extrair 2 rankings sobre o crescimento das cidades no mundo:
o das cidades que mais crescem e o das cidades que mais diminuem. E é com base
nestes dois que neste post farei um breve paralelo deles com a nova dinâmica
econômica mundial.
As tabela da esquerda mostra a
lista das cidades que mais cresceram entre o ano de 1990 e 2010. A da direita,
as que mais diminuiram neste mesmo período. Interessante, mais do que ver os números
em absoluto, é observar os países destas cidades.
Na
lista das 15 que mais cresceram, o placar é:
11
ficam na China
4
em diferentes países do continente africano (Ruanda, Nigéria, etc).
Vale
mencionar também que, embora não tenha aparecido entre as 15 cidades, Angola
tem 2 cidades (Huambo e Luanda) que estão no ranking expandido, das 30 que mais
cresceram.
Já
na outra lista, das 15 que mais decresceram, o resultado é:
5
estão na Ucrânia
5
na Rússia
2
na Coréia do Sul
1
na Geórgia
1
na Libéria (Continente Africano)
1
na Hungria.
Se
formos considerar as 30 que mais diminuiram, a Itália também da as caras com 3
cidades (17ª – Turim, 25ª – Milão e 27ª – Roma).
O
que podemos entender destes rankings?
Na
minha opinião, o ranking das que mais cresceram, possui uma grande obviedade,
que é o grande número de cidades chinesas. Embora a população daquele país já não
cresça em um rítmo elevado, o país passa por um enorme êxodo rural, com massas
de população abandonando o campo e migrando para as cidades. Até ai nenhuma
surpresa.
Nenhuma
surpresa também na presença das cidades africanas completando o ranking. Lá, o
alto índice de natalidade faz com que as cidades tenham um grande crescimento
orgânico (fora o êxodo rural que também ocorre lá).
Agora, sobre o
ranking das que mais diminuiram, dá para falar um pouco mais. Das 15 presentes
no ranking, 11 ficam na região da antiga União Soviética (Ucrânia, Rússia e Geórgia)
e mais uma que ficava na zona de influência da mesma (Hungria). Os países
daquela região de 1990 para cá passaram por grandes ondas de emigração de sua
população após a abertura de suas fronteiras com a queda do comunismo. Muita
gente abandonou essas cidades e o continua fazendo (mesmo com os altos índices
de crescimento econômico da Rússia e leste europeu recentemente).
Já a presença
das cidades Coreanas e Italianas provavelmente é devido à baixas taxas de
natalidade, embora talvez em um futuro onde a economia italiana não se
re-estabeleça, podem ocorrer fluxos migratórios para fora desta também. Mas
isso são somente conjecturas.